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Arch Linux vs. Usuário e Arch Linux vs. Stable

Arch Linux

Arch Linux vs. Usuário, Missão Impossível ao Extremo!!!!

Estou tentando ao máximo possível me libertar da praga de ajudar usuários que não sabem diferenciar um problema de software e um problema causado pela distribuição.

Muitos vivem reclamando que Arch bug isso, bug aquilo, dev isso, dev aquilo. Ver esse tipo de atitude dos usuários, que não tentam pensar ou descobrir as origens do problema, cansa e muito. E O PIOR, não tentam se quer, aprender como funciona o gerenciamento de pacotes e como funciona o desenvolvimento da distribuição, que são pontos importantes para evitar problemas com qualquer distribuição E MUITO MENOS reportam os problemas que acontecem, desse jeito fica complicado, pois ninguém tem bola de cristal.

Bons exemplos disso foram os updates do X.org, quando mudou a forma de detectar os devices e passou a usar o HAL, causando transtorno a algumas pessoas que precisaram aprender a configurar seus teclados e touchpads e atualização do GNOME 2.28. E hoje, é a nova versão do Xorg (xorg-server 1.7.x).

Tenho links de blogs e de fóruns, mas para evitar qualquer tipo de problema não postarei.

Qual o motivo dessa “revolta”?

Primeiro, se o usuário tem problemas com update, ele não procura no site, não assina a lista dev public, não procura no fórum oficial e nem no bugs report da distribuição. Segundo, o infeliz não procura olhar nos logs (do Xorg principalmente), não sabe olhar nos sites dos projetos (como Gnome, Kde, Xfce, etc…) para ver o que mudou de uma versão para outra. Não faz isso e já vai que nem louco postar no fórum, mail-list e perguntar no IRC o motivo do problema, se alguém demora para responder ou ignora, o usuário já sai chingando a distribuição, dizendo que não presta, é bugada, é distro amadora, etc.

Terceiro, Arch é focado basicamente em binários, consequentemente requer bastante cuidado. Não é igual ao Gentoo, onde você pode customizar tudo o que quer e não se preocupar com os updates.

Como no OpenBSD, teoricamente os desenvolvedores das distribuições, sabem o que estão fazendo, e recomendam não customizar tanto um software, e quando fazem essas customizações, muitos usuários não sabem lidar com as ideias dos desenvolvedores e com o pacman (suas configurações). Se você configura uma coisa e não quer que aquela configuração seja atualiza, dê uma olhada na man page do pacman.conf, e observe a opção NoUpgrade, isso é um excelente exemplo da falta de descaso com a distribuição.

Se realmente querem customizar e ainda sim querem usar o Arch, usem o ABS e aprendam também a usar a opção, IgnorePkg junto com NoUpgrade. Sendo assim, aguentem a consequência de fazer o update manualmente. O que acaba nos levando ao Quarto ponto, dependências.

Essas reclamações são as que enchem mais a paciência ou terminam com ela. O que tem de reclamação sobre isso não é brincadeira. Se o senhor não quer dependência X, Y, Z, faça como no lance das customizações.

“Ahhhh mas é o KDE, é muito grande, é um grupo, editar as PKGBUILDS não dá!”

Isso é clássico… KDE hoje é modular, o pacman já suporta split de pacotes, ficando mais fácil essa tarefa.

Quinto ponto, falei acima que é importante você conhecer a distribuição na parte de gerenciamento de pacotes e no desenvolvimento da mesma, em outras distribuições (como Debian, Gentoo e Slackware) os usuários são ligados nesses pontos sendo que no Arch muitos não fazem o mesmo, até hoje não entendo o motivo disso. Qual a diferença do Arch para as outras???

Analisando esses pontos, IMHO… Opinião TOTALMENTE pessoal (só para reforçar), 92% dos casos de problemas causados no Arch é pura culpa do usuário, como tem nos reviews e descrições feitas do Arch, distribuição feita para usuários experientes ou usuários que querem entender como funciona, que querem estudar.

Veja o FAQ do Arch, leia esta pergunta, mais esta e esta aqui. E ENTENDA BEM O QUE É E COMO AS COISAS FUNCIONAM NO ARCH!!!! EVITE PROBLEMAS PARA VOCÊ E PARA OS OUTROS que tentam te ajudar, infeliz!

Padawan, para você conseguir isso, precisa deixar de ser preguiçoso e começar a pensar, ler e saber solucionar seus problemas sozinho.

E agora Mestre Yoda e os outros 8% dos problemas?? Isso fica dividido entre problemas do upstream e falta de massa cinza na cabeça de alguns desenvolvedores. Vamos explicar um fato que engloba esses 2 aspectos e vocês vão entender: Primeiro temos uma thread que fala sobre o teste do novo Xorg e falando dos seus problemas e agora temos outra thread que fala sobre os problemas que o Xorg teve depois que foi movido para o extra.

Agora explicarei os problemas do Arch e do Upstream causadores dos problemas.

O problema do Arch é a falta de planejamento de desenvolvimento, cada um no seu quadrado. Se alguém mantém o Xorg e deixa no testing até que se resolva os problemas dos drivers, ninguém deveria meter o dedão e mover para o extra (que foi o problema dessa nova versão do xorg e pode ser visto nas 2 threads que coloquei aqui). Ninguém quer manter 2 versões de pacotes, a não ser, que seja altamente/extremamente necessário ou não tenha outra saída para resolver os problemas encontrados.

Sempre fui a favor de apenas 5~7 pessoas ajudando a manter o repositório core, assim aumentaria a estabilidade e a compatibilidade dos pacotes, dividir a pequena equipe em subgrupos (Xorg, KDE, Gnome, etc.), como existe no gentoo e debian. Cada um no seu quadrado. Como isso basicamete não existe, acontece esse tipo de problema como o atual do xorg.

Outro quesito importante é a parte de segurança que não é muito o forte do Arch, uma alternativa que ajudaria nisso seria o Sheriff, um software que “faz um diff” de vulnerabilidade entre NetBSD e Arch, feito pelo Paulo “thotypous” Matias, foi bem aceito pela equipe do Arch, só que não vingou e está a um ano sem desenvolvimento. Alguém se habilita a ajudar no projeto??

Segurança deveria ser mais ativo no desenvolvimento do Arch.

Upstream é coisa séria, como esses modificam as coisas, acaba meio que contribuindo e botando em cheque a credibilidade do Arch, pois o Arch bota no repositório e o usuário se vire para se adequar as mudanças dos projetos. Motivo??? Que o Arch não testa os pacotes, será mesmo????

Arch deixa kernel (depois de várias lapadas na cara que os desenvolvedores levaram) por um tempo indeterminado, pode ser de 1 dia a mais de mês no testing e agora temos o kernel-lts (que é uma ótima alternativa). Gnome 2.28.x ficou no unstable por 1 mês, o Kde 4 da mesma forma, Xorg do mesmo jeito e mesmo assim existe problemas, por que isso???

Pelo simples fato do Arch não ter usuários suficientes para ajudar nos testes, como Debian, Gentoo e Slackware tem. Para inicio se o que falei aqui fosse feito tanto por parte dos usuários e dos desenvolvedores, Arch melhoraria mais sua estabilidade e muito sua credibilidade.

Arch Linux vs. Stable

Apesar de tudo que falei acima, considero Arch bem estável.

Muitos usuários reclamam disso por dois motivos, primeiro por querer upstream bem testado (praticamente impossível, pois aqui eles são testados o suficiente para garantir que funcionam) tipo debian e segundo por terem vontade de usarem Arch em servidores.

A primeira já abordei um pouco, a segunda é meio complicada, mas também pega um pouco do que falei acima… Só que o principal para se pensar no segundo motivo, está aqui.

Fora realizar testes antes de jogar em produção, para garantir que a lei de Murphy não te pegue de surpresa. E por favor, saibam usar o ABS + pacman.conf adequadamente.

Como tem no wiki: “Você faz a estabilidade do seu Arch Linux!”

Já que você faz a estabilidade, qual a razão de você acompanhar o update de cada pacote em outras distribuições quando você usa em servidores e não faz no Arch???

Esse é um erro fatal de muitos, como já disse… ABS + pacman.conf na cabeça, pensem nisso. 😉

Bom, por enquanto é isso. Se você não gosta ou não concorda com o que falei aqui sobre o Arch. Melhor você usar Debian!

Arch Linux não é pra qualquer um, ele seleciona bem seus usuários. x)

Saudações,

Leandro “skate_forever” Inácio

Microsoft keyboard Elite Bluetooth

Bom dia,

Já tem um tempinho que não escrevo nada aqui, estava planejando postar umas dicas para iniciantes sobre como comecar a programar, dizendo quais livros, tutoriais, aulas que podemos encontrar por ai, são bons para entender os conceitos básicos (da programacão e da linguaguem que ele pretende aprender) e a syntax. Mas vai ficar para depois…

Agora vamos ao post realmente… Como tenho 2 mouses Microsoft, e estou gostando muito, resolvi comprar um teclado MS também. Um amigo tem alguns contatos e pedi a ele um teclado que fosse confortável e bom, para usar diariamente e dar aquela jogadinha no bom e velho CS.

Acabei pegando um “Microsoft keyboard Elite Bluetooth”. Quando peguei pensei, “como vou fazer pra esse infeliz funcionar no Arch também?”. Até que foi simples, veja como foi…

Vou precisar do dbus, bluez e bluez-hcidump instalados, como já tenho o GNOME instalado, consequentemente já tinha o dbus, mas não tinha o bluez, ou pelo menos, não sabia que tinha.

# pacman -Sy bluez bluez-hcidump

Vai retornar um “reinstall package”, quando vi, achei estranho pois não tinha instalado o bluez antes, quando executei:

$ pacman -Qi bluez

Retornou:

Required By : gvfs

Bom, como já tinha o pacote, só instalei o bluez-hcidump. Feito isso, comecou a brincadeira… Precisei configurar algumas coisas.

Primeiro verifiquei se o dispositivo estava ativo:

# hciconfig

Se ele retornar:

hci0: Type: USB
BD Address: 00:00:00:00:00:00 ACL MTU: 0:0 SCO MTU: 0:0
DOWN
RX bytes:0 acl:0 sco:0 events:0 errors:0
TX bytes:0 acl:0 sco:0 commands:0 errors:0

Será necessário você, levantar o infeliz com:

# hciconfig hci0 up

Para verificar se realmente subiu, use apenas o comando hciconfig, novamente. Agora a parte boa, procurar pelo teclado.

$ hidd scan
00:12:5A:9C:18:DD Microsoft A keyboard

A saída será algo semelhante a essa que você está vendo. Mas quero o teclado funcionando amigão, calma calma, é mais fácil ainda.

# hidd --connect 00:12:5A:9C:18:DD

Você pensou, “Pronto agora tenho meu teclado funcionando!!!! x)”… Ai que você se engana, o bluetooth no linux ainda é um lixo (essa é a minha opinião e já já vão descobrir o por que). Inocente o garotão vai lá e comeca a digitar e nada do teclado funcionar, mas fiz tudo certinho. Nem tudo amigão. x)

Depois que você conectou, verifique se realmente está conectado com:

$ hidd show
00:12:5A:9C:18:DD Microsoft A keyboard that runs over Bluetooth [045e:0099] connected

Tem que mostrar aquela palavrinha mágica ali, connected, “ahhhhh mas não funcionou”. Tente:

# hidd --search
Searching ...
Connecting to device 00:12:5A:9C:18:DD

Pronto, agora você já pode digitar e sair pulando de alegria. x)

Se você quer ter seu teclado funcionando depois do boot, faca o seguinte… Edite o arquivo /etc/conf.d/bluetooth, procure pela variáveis HIDD_ENABLE e HIDD_OPTIONS, descomente ambas e adicione a elas…

HIDD_ENABLE="true"
HIDD_OPTIONS="--connect 00:12:5A:9C:18:DD"

Adicione ao rc.conf no DAEMONS, o bluetooth. Quando reiniciar teoricamente você já deveria ter seu teclado funcionando né??? Mero engano… Aqui só funcionou na base da gambiarra e mesmo assim, tive que botar o bluetooth depois do dbus no rc.conf. Para ter funcionando corretamente, vá ao seu rc.local e adicione “sleep 20” e “/usr/bin/hidd –search”.

Tiveram 3 coisas que não agradou muito, primeiro que precisei dessa bela “gambe”, a segunda é, passou de 3 a 5 minutos sem usar o teclado preciso usar e a terceira, é que preciso usar o outro teclado pra acessar a bios (isso já era esperado) e como fallback quando o bluetooth não funcionar. x)

Se alguém tiver alguma solucao para esses inconvenientes, ficarei grato.

Já ia esquecendo, veja este guia de bluetooth, essa dica e mais esse link do wiki, caso tenha dúvidas.

PS.: Se você sentiu falta dos cedilhas na minha escrita, não se assuste… ele tá saindo assim, ć, por isso não usei. 😉

kernel26-lts???

Simplesmente, PQP! x)

Desculpem o PQP, mas… P. Q. P. !!!!!!!

Isso anima bagarai, e muito, mas muito mesmo… Pra quem acompanha as listas de e-mail do Arch, é indispensável acompanhar a dev public. Você se pergunta, mas qual o motivo desse alarde?????

O motivo é esse aqui, principalmente pra quem roda Arch Linux em servidor (que se conta o número de malucos que já fizeram ou fazem isso, fui um deles e sem arrependimentos) e quer um Arch Linux Stable, ai vem a pergunta, Arch está virando stable???

Sempre achei o Arch muito estável se comparado com várias distribuições. E tão estável quanto, IMHO, Slackware e Gentoo. Não espero uma definição como “Debian Stable” ou coisa do tipo. Sinceramente, espero que o Arch se torne mais estável em pacotes críticos (leia-se, pacotes do repositório core), sim… Contudo, sem mudar o seu estilo, que é o que mais me agrada!!! E é a proposta que o Andreas Radke, desenvolvedor do Arch, enviou para a dev public e pode ser lida aqui!!!

Na minha opinão, não precisaria de um Arch Linux Stable… Precisaria sim, de um controle maior nos pacotes, como já mencionei. Tudo isso que falei, é mencionado nos links, então, sinta-se a vontade e leia e compartilhe sua opinão sobre isso. 😉

Como no post anterior… EU AMO ESSA DISTRIBUIÇÃO E OS PROJETOS QUE ENVOLVEM A MESMA!!!!!!!

É irritante…

É complicado e chega a ser irritante quando as pessoas não sabem ou não querem ler corretamente as coisas.

Fiz um guia de instalação para o Arch que já tem um certo tempo e todos confudem achando que o meu amigo Hugo Doria foi o único responsável pelo mesmo, acho até que por conta desse post no blog dele.

Mero engano. Pois em ordem de contribuição para realização do mesmo foi:

Leandro Inácio (acho que uns 70% do guia foi trabalho meu);
Hugo Doria;
Renato Leão.

Todos fazem parte do Arch Linux Brasil e o mérito pelo guia deveria ser da comunidade e não apenas de uma única pessoa. Esse é só um desabafo que já deveria ter sido relatado a mais tempo.

Vou deixar mais uma dica.

Se querem o antigo guia de instalação podem pegar aqui e esse link para o pós instalação antigo que foi feito pelo Hugo.

Os guias novos (e atualizados) podem ser encontrados aqui (instalação) elaborado pela Equipe Arch Linux Brasil (com destaque para o Rodrigos Flores pela dedicação nesse guia) e aqui (de instalação e pós instalação) feito pelo Tomás e sinceramente recomendo esse review para conhecer um pouco do que seria o Arch Linux.

Bom, era isso e até a próxima…

Ahhh, lembrando que a Newsletter de Maio está sendo traduzida, espero que em breve seja disponibilizada.

Saudações, Leandro “skate_forever” Inácio.